E assim seguia a vida, com alguns comentários bestas a respeito das minhas pulseiras e afins.
Recentemente, uma colega comentou, com ares de ironia:
- E essas pulseirinhas aí? Tá querendo, hein?
Daí, ela me explicou alguns dos significados: tenso. Mas continuei zuando e me auto-sabotando: afinal, não é possível que alguém no mundo leve essa porra a sério!
Coincidentemente, no dia seguinte, uma amiga que mora em Blumenau me manda um recado:
"Desabafo: legal, não posso mais usar minhas pulseiras pretas de borracha porque sempre aparece um babaca: "tu usa pulseiras do sexo??" Isso que nem tenho 13 anos
Contigo também acontece?
Eu mataria quem inventou essa brincadeira do inferno!"
Logo, respondi a ela:
"UHAEUHEUHAEH Comigo também! A pulseirinha preta é a "vale tudo", né? Uso com orgulho brimks
Quando me enchem o saco sobre, respondo: Faz assim, conta quantas pulseirinhas tem agora. Daqui a quatro anos quando acabar minha faculdade, conta de novo e baseia minha dignidade nisso rererere."
E eis que hoje ela responde:
"Isso que nem uso mais minhas vermelhas e roxas (nem quero saber o significado delas)
Aqui proibiram o uso delas nas escolas, mas quando termina a aula os pivetes colocam (y)"
Foi então que notei que é grave mesmo.

Gente, eu uso essas pulseirinhas desde que tenho 13 anos, ou menos, em especial as pretas porque achava muito cool e diferente das pulseirinhas que a moçada usava por aí. Daí lembro que virou moda aquelas bem coloridas, as amiguinhas trocavam pulseirinhas e a cada semana na escola chegava uma garota com uma cor mais inovadora. Depois virou pulseirinha da amizade. Ainda hoje, vejo várias pessoas por aí com duas pulseirinhas entrelaçadas.
Ok, e agora eu finalmente descubro depois de seis anos, que ao utilizar quase quarenta pulseiras de borracha preta estou sugerindo que quero fazer "sexo na posição do missionário" com alguém.
Ok.