sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

I know what I am?

Cut, tease,
Better believe,
I got the feeling that I'm underneath,
But I know what I am,
They know what they are
So let me be

But it's alright,
It's okay,
I got the time,
But the time don't pay.


Ok, passado o drama Vestibular, mudemos de assunto.
Muito embora as férias ainda não tenham acabado, a fase de tédio supremo foi superada. Com coisas extremamente inúteis, óbvio.

Sabe aqueles testezinhos de auto-conhecimento? Desde aquela época que você lia Capricho, Atrevida e similares? - "Será que aquele gatinho está na sua? Faça o teste e descubra!" até aqueles retardados do twitter, que com cinco perguntas já definem em que país você moraria, que banda você seria e até mesmo que tipo de Tessália você é. Então, eu adoro. Todo tipo de auto-conhecimento é válido e whatever.

Adoro horóscopo, kin maia, cartas, tarô, borra de café, leitura de mãos e adoro testezinhos bestas de internet e não menosprezo nenhum deles - sério. Qualquer um desses meios que nos ofereça algum conhecimento sobre nós mesmos, independente dos meios e das crenças. Politeísmo? Egocentrismo doentio? Nunca se sabe. Mas essas coisas sempre acabam despertando a curiosidade até mesmo dos mais céticos, só pra ver o que é que dá.

Hoje à tarde um amigo meu me passou um testezinho de internet muito digno. O Cylaer não é aquele tipo de amigo comadre à toa o dia inteiro MSN-Orkut-Twitter; se ele passa um link, é algo interessante de verdade. Então, fui fazer o bendito teste: mais um "Descubra sua Personalidade", acompanhado de "Sugestões de carreiras".
Gente, realmente o resultado é a sua biografia. Sugiro que façam - e depois comentem aqui o que deu.
As personalidades são basicamente divididas em quatro categorias: como interagimos com o mundo, assimilação de informações, tomada de decisões e espontaneidade.
Achei interessante porque não envolve nenhum cosmos, nenhum número, nenhuma entidade: é você, sobre você.

Pra começar, o meu tipo é ENFP: O Defensor de Causas.
Bem, o meu resultado é o que já se esperava escrita de forma sutil e poética, é claro: no future for you.


"Eles são enormemente desinteressados em coisas como manutenção doméstica, poupança, seguro de vida, e até mesmo em dinheiro na mão."


"Eles têm prazer no processo de criação de alguma coisa, de uma idéia ou de um projeto, mas não se interessam tanto pela parte mais monótona do processo, que envolve dar continuidade a estas coisas." - querida Isabelle: no seu caso, isso é também válido para relacionamentos.

"Eles podem oscilar entre a extravagância e a frugalidade, e suas casas podem conter luxuosidades caras, ao mesmo tempo que necessidades básicas possam estar faltando."

Seguem algumas das profissões indicadas, para enfatizar o problema:
Jornalista (pffff!); escritora de roteiros de filmes e teatros; colunista; atriz; música/compositora; decoradora de interiores; artista; repórter/editora de revistas; diretora de documentários, entre várias outras coisas do gênero.

Logo vê-se que trabalhar não é bem o meu ofício.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

endless vacation

Gente, pronto, chega! Chega de férias! Sério. Em menos de dois meses estarei me arrependendo amargamente por desejar isso, mas chega!

O desejo de todo vestibulando depois da prova é pelo menos um mês à toa, sem fazer muito esforço mental ou movimentos bruscos. Mas tá, chega!

Ontem tive uma pequena epinafia.
Enquanto levantava do puff no cantinho mais quente da sala. Uso a internet desse cantinho porque o fio é curto. E apesar de algumas vezes o computador do meu irmão estar livre - leia-se raramente - ainda prefiro minhas queridas músicas aqui presentes. Então fico aqui no cantinho quentíssimo, toda torta, basicamente o dia inteiro. E meu nível de preguiça anda tão crítico que nem a pegar um ventilador me dou ao trabalho.
Então foi nesse momento que me dei conta do ócio nada criativo das últimas semanas.

Essas férias especificamente têm sido as mais inúteis de todos os tempos.
Geralmente, sei lá, nos últimos dois anos, as férias são o momento de repor tudo o que perdi do mundo real enquanto me mantia bitolada com os assuntos do cursinho: pensar no que fazer da vida, traçar novos planos; ouvir as bandas a conhecer, músicas novas, álbuns recentemente lançados que perdi; leitura; as fofocas quentes dos famosos e da cidade; e principalmente, repor os meus queridos filmes.
Mas dessa vez: nada.


Cheguei aqui tão desanimada e deprimida com coisas que envolvessem vestibular e com todas as perguntas que eu sabia me esperavam e tão cansada, que não queria pensar. Só dormir. Não queria ver ninguém, mesmo. Só eu, minhas músicas e meu computador. Acabei viciando no twitter, que virou minha nova razão de viver (não).
Preguiça até de ver filme. Bem, na verdade de me deslocar até a locadora. Além disso, tenho o péssimo hábito de não ter paciência pra baixar filmes. Tirando os filmes da Globo e do ônibus da excursão, foram oito, no máximo.
Resultado: do final de dezembro ao fim de janeiro não acrescentei nada à minha vida.
Mentira, como não desgrudava do computador, tive a oportunidade de me renovar musicalmente: entre elas, o meu atual vício, Black Drawing Chalks. Além de matar a saudade dos Pixies: havia deixado várias músicas aqui.

Agucei o meu sedentarismo e resgatei antigos vícios, como assistir Everybody Hates Chris e algo mais comprometedor: Alma Gêmea. Sim, eu adoro, juro. A musiquinha de abertura já deu no saco, a Serena é uma retardada e tudo mais; em contrapartida, a Cristina é uma das maiores vilãs dos últimos tempos! E os figurinos da Flávia Alessandra são geniais nessa novela.



Sem contar a Drica Moraes, né? Sempre adoro as personagens dela. Lembro dela como manicure que brincava de cavalinho co prrefeito em O Cravo e a Rosa, se não me engano.



Ai, que assunto mais dona de casa desocupada, né? Mas me considerarei normal até o dia em que decidir assistir ao programa da Sônia Abraão.

Enfim, como já havia decidido, trabalhei o mês de janeiro pra juntar alguns trocos e me garantir no show do Metallica. Meio período, nada muito empolgante, mas serviu pra passar o tempo. O show foi o grande momento de todas as férias.



Passado o show, voltemos ao tédio. Passei "de surpresa" no vestibular - nem ia olhar a nota do ENEM, portanto foi uma surpresa descobrir que passaria. Novamente não sei o que fazer da vida: ok, eu tinha certeza que não faria mais cursinho, mas contava em ter que arrumar um emprego, fazer curso para comissária de bordo, prestar alguns concursos ou whatever, mas ali estava eu: uma caloura de Cuiabá. Aí vi a nota do outro vestibular - o verdadeiro foco: chegou perto. E aí, segunda chamada?
Não vou pensar em Cuiabá, porque senão vai atrair. Sim, nessas horas até acreditar em O Segredo vale, ok?. Costumo dizer que não sou supersticiosa, mas sim uma vestibulanda.

Portanto, o saldo final das férias que ainda não acabaram: sem planos.
Só sei que quero que acabem logo, onde quer que seja.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

do pré-vestibular

Começo este blog - mais um blog - com uma despedida. Diretamente da sala da minha casa, com trilha sonora de eliminação do Big Brother Brasil ao fundo. Genial e dramático.
Estou oficialmente me despedindo de uma fase longa e cansativa, embora ainda não saiba bem quais serão meus próximos rumos: me aposentei da vida de cursinho.

Me dirijo às pessoas que já passaram por isso em algum momento, principalmente às que continuarão por mais esse semestre. Mais especificamente aos que, perante colegas, professores e monitores de seus respectivos pré-vestibulares são vistos como super-heróis de alma evoluída, resistentes a tudo e todos em prol a um objetivo. Já para a sociedade são a grande escória, atrasos de vida, mão-de-obra economicamente ociosa.

O meu caso foi de dois anos de insistência: um ano para um curso que mais tarde descobri que nem me interessava; outro ano tentando passar em um curso que nem precisa de diploma. Tentando ignorar todas as críticas e comentários negativos acerca disso, inclusive de pessoas que sequer tinham algo haver com a minha vida. Odiava cada vez que voltava à minha cidade, com medo. Medo das perguntas, dos milhares de conselhos que você definitivamente não quer ouvir, e que as pessoas insistem em dar. Você evita sair de casa. Chega um momento em que o apoio da família já não oferece segurança o suficiente. As visitas aos meus pais se tornavam desconfortáveis, apesar da compreensão e do apoio deles, ainda estava em uma cidade repleta de pessoas dispostas a não me entenderem, estava longe de pessoas que realmente tivessem vivido aquilo durante o semestre e que pudessem me entender. Resumindo, ser biscate devia ser mais digno do que ser vestibulanda. Imagino que a maioria das pessoas que saíram do interior e foram tentar federais na capitar passem frequentemente por coisas do tipo.

Parece drama, a gente passa o semestre ouvindo que isso ainda não é nada, a gente acha que estuda, o que nos aguarda é muito mais do que esse mundinho ao qual já estamos acostumados a viver isolados. Mas, que no fim, vai valer a pena.

Olha, gente. Vocês que estudaram comigo e que também não conseguiram. Do Alub, do Exatas, do Dínatos. Força em mais um semestre, não desistam. Vocês sabem o que todo mundo fala, não precisa mais dar ouvidos. Não passei exatamente onde queria, mas a sensação de ser aprovada é realmente muito boa. Ainda tenho esperanças - embora pífias - quanto à segunda chamada, espero não ter que me despedir de vocês ainda.

Mas as aulas devem estar começando mais ou menos agora, então quero que vocês se lembrem bem dessa frase. Uma vez uma amiga da minha cidade que tentou Medicina por um bom tempo, uma das poucas daqui que de fato me entendiam, me mandou essa frase do Guimarães Rosa, assim que vi o resultado da única vez em que tive plena certeza de que passaria, a vez mais frustrante em que não passei na UnB:

"Mas, também, cair não prejudica demais - a gente levanta, a gente sobe, a gente volta! Deus resvala? Mire e veja. Tenho medo? Não. Estou dando batalha."

Por favor, lembrem-se disso. Coloquei essa frase na contra-capa da apostila do cursinho. Ajudava muito. Foi o semestre no qual mais fui de má vontade recomeçar os estudos. Mas olhava essa frase e tinha vocês, meus coleguxos. Foi meu semestre de Dínatos, não poderia estar cercada de pessoas melhores que fizessem surgir um ânimo que nem sabia que tinha mais em mim. Obrigada a vocês, de verdade. Não desmereço nenhum dos outros cursinhos(querido Gastão e Patrícia, foi com vocês que aprendi Química, e querido César, foi com você que aprendi Física!), mas foi uma grande surpresa esse último semestre que passou.



Ânimo, acredito miil em vocês. Sou muito a favor das pessoas agarrarem suas oportunidades com toda sua força e terem coragem de não desistir.